sexta-feira, 18 de abril de 2008

Lágrima

Uma lágrima solitária percorre o meu rosto. Cai dos olhos verdes e percorre o nariz e desliza pela face contrária até se perder na brancura da almofada comprimida contra o meu rosto. Uma lágrima silenciosa. Uma minúscula gota que carrega uma enorme dor, a dor de desistir, a dor da rendição. Choro porque sei que não tenho mais forças para batalhar. Porque estou farta de lutar, falhar, cair e ter de me levantar. Desta vez caí e os meus joelhos não respondem ao que o meu cérebro ordena. Sinto um tumulto de sensações no meu peito... e a única coisa que sai é esta lágrima. Embora grite, urre por dentro os meus lábios estão cerrados. Embora sinta a o coração despedaçado, a alma rasgada como se folha de papel fosse, embora sinta mais dor que alguma vez senti apenas esta pequena lágrima cai dos meus olhos. Mais do que amar quero ser amada! Necessito de ser amada... Fui traída, trocada, ofendida por todos aqueles em quem confiava. Acusam-me do que não fiz, não reconhecem as minhas batalhas, desconhecem as minhas vitórias... Estou farta! Não quero mais chorar! Mas ao mesmo tempo não tenho forças para resistir. Perdi. A prova disso? É esta pequena lágrima que cai pelos meus olhos e desliza pelo meu rosto. Acabou. Perdi. E nunca irei ganhar. TM 18/04/2008

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