quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sentimentos


Alguma vez sentiste tanta dor
Que o simples facto de respirar te debilita?
Alguma vez sentiste tanto ódio
Que te fizesse desprezar a própria vida?
Como se sobrevive a uma catástrofe,
A uma intempérie que não é tua para viver,
Que não é suposto atingir-te mas,
Ainda assim,
Te destrói a alma e te mata o coração?
Como?
Se respirar te inflige dor,
Se viver te agonia,
Se sentir te impossibilita de ser…
Como sobrevives a um evento que não é teu?
Como lidas com a mescla de sentimentos
Que te torturam,
Corroem,
Despedaçam o que te faz tu?
Quando supostamente és apenas personagem secundária
Do drama de outrem…
E porquê, afinal?
Porquê és atingido? Porquê?
Não é suposto uma testemunha ter de sofrer, pois não?
Então porque é que o ódio e a dor invadem o meu coração?
Porque é que me impedem de respirar, viver, sentir?
Já sentiste tanto ódio, tanta dor,
Que queres não sentir para conseguir sobreviver?
Que queres magoar os outros para os fazeres sentir
Nem que seja uma ínfima parte do que sentes?
Alguma vez sentiste?
Um sentimento tão cru, tão intenso?
Alguma vez?
Se é isto sentir, quem me dera não ter sentimentos.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Mãe!

É quem nos ama
Mesmo quando não nos sabemos amar.
É quem nos protege,
Quem nos ensina a caminhar.
É o nosso porto seguro,
Um abrigo no meio do pior tormento,
Capaz de tudo fazer
Para garantir o nosso sustento.
Heroína do dia-a-dia,
Sempre pronta se tiver de intervir,
Não procura mérito algum
A sua maior recompensa é ver-nos sorrir.
Por vezes irritante e stressada!
Mas é um sinal de amor incondicional,
Nunca abandona a sua cria,
Por muito que a sua cria tenha agido mal…
Sem quase reconhecimento,
Aguenta, por nós, qualquer tipo de dor!
Basta apenas que por vezes
Expressemos a ela o nosso amor.
E é por isso que grito ao mundo
Sem receio do que possa vir a acontecer!
Amo-te muito, minha mãe!
Tenho imenso orgulho em tua filha ser!

Para a minha fonte de energia!
TM – There’s still love in the world!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Eu

Conhece-me…
Vê o rio que vive dentro de mim,
Sente a brisa que enche o meu peito,
O calor que irradia da minha pele,
O cheiro do amor sem fim.

Descobre-me…
Toca a minha alma, o meu ser,
Vê as emoções ocultas da minha mente,
Saboreia o gosto das minhas palavras,
Observa o meu amanhecer.

Encontra-me…
Procura a minha ambição de vida.
Guia as linhas do meu corpo,
Segue os caminhos que me tornam eu
Nesta jornada querida.

Vive-me!
Sê a luz que habita no meu peito,
Incendeia o meu interior de paixão.
Acende a luz de carinho que há em mim,
Torna o meu mundo perfeito.

Ama-me?
Com todos os meus defeitos e loucuras?
Sem me quereres mudar para algo que não sou?
Reconhece-me com o teu coração…
Descobre que sou aquilo que procuras.


TM, finding faith thru Love

Sou mulher

Sou quebrável.
Basta uma palavra
E toda eu me torno em estilhaços,
Um simples gesto
E perco tudo o que sou.
Fico destruída…
Perdida…
Partida…
Para sempre ferida.
Sou vulnerável.
Basta um sussurro
E a minha alma desaparece,
Um pensamento cruel
E o meu mundo rui.
Fico dilacerada…
Estagnada…
Revoltada…
Para sempre mudada.
Sou efémora.
Basta um segundo
E deixo de existir,
O passar do tempo
E eu sou memória.
Fico invisível…
Irreconhecível…
Intocável…
Para sempre imutável.
Sou tudo
Não sendo nada.
Sou mulher!
Fraco forte,
Confiante na sorte
De simplesmente viver…


TM, alone in the darkest corner of my soul

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Nós

Nem três meses pensávamos durar...
Quando nos encontrámos não queríamos namorar!
Agora a caminho do terceiro aniversário
Fazemos planos de vida, um percurso legendário.
Demos um ao outro o nosso coração,
Rimos, chorámos, discutimos, lutámos sem razão;
Mas no fim de contas é esta a verdade:
É contigo que quero estar, por toda a eternidade!
Tu és a minha razão, tu és a minha vida,
Contigo sinto-me una, feliz e nada perdida.
Dá-me a mão e junta-te a mim
Para sempre juntos, celebrando este amor sem fim.


TM, Confissões num quarto escuro.
19/01/2012