
Amor...
Palavra banalizada pela boca de uns.
Palavra que queria poder dizer-te e não consigo.
Não consigo porque sei que não sentes o mesmo.
Se não sentes o mesmo para quê dizer-to?
Iria apenas dar-te um fardo que não mereces carregar.
Iria apenas estar a estragar o que estamos a construir.
Não vale a pena.
Ironia... quantas vezes disse “amo-te” sem o sentir, sem o querer de facto dizer.
E agora que o quero dizer, melhor, que o quero ouvir...
Quero esquecer a dor da palavra.
Quero esquecer que a palavra me corta por dentro como lâmina afiada.
Magoas-me sem saber, e não quero que o saibas.
Amo-te sem o saberes, amo-te sem o dizer.
Como aconteceu? Sabes tu? Sei-o eu?
Não, não sei... sei apenas que o sinto.
Amor...
Palavra fácil de dizer, ainda mais fácil de fingir mas difícil de sentir.
Quero que sejas feliz.
Quero que um dia possas dizer que amas e senti-lo no teu peito.
Não banalizes uma palavra que tanto valor tem.
O amor não faz parte do meu caminho.
O amor é no meu peito um espinho.
O amor apenas me faz sofrer.
Sem amor terei de viver.
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