quinta-feira, 15 de setembro de 2011

E se?

E se eu morrer, neste momento,
Quem iria notar?
Quem iria ver que desapareci?
Será que iriam chorar?
Ou nem sequer comentar…
Quem iria saber que a minha vida findou?
Que o meu corpo já não está quente,
Que nunca mais me verão sorrir?
Pensariam que tinha decidido partir?
E se eu partir, agora,
Alguém me impediria?
Ou deixar-me-iam seguir em frente
Sem qualquer barreira ou obstáculo,
Pensariam ser parte de um espectáculo?
Um grito por atenção…
Iria alguém pensar
Que talvez não tivesse partido!
E se eu tivesse de facto morrido?
Será que se iriam preocupar comigo?
Alguém me procuraria?
Haveria lágrimas e gritos de dor?
Fariam luto por amor?
E se ninguém me procurar,
Ou sequer pensar em mim?
Serei assim tão fácil de esquecer?
Será possível apenas desaparecer
Sem que ninguém note que já não sou?
Quanto tempo passaria até que me notem
Como ausente da vida alheia.
E recriminar-me-iam pela minha ausência?
Triste ironia,
Tal sorte para mim seria
Mais do que pensei desejar.
E se, na verdade, não quiser
Descobrir a resposta a estas questões?
E se tiver medo de ver que posso desaparecer
Sem que ninguém me vá procurar?
E se isso me impedir de andar?
Se a dor se tornar incapacitante e atroz,
Encontrarei a minha própria voz,
Força e coragem para seguir me caminho por mim?
E se eu viver, o momento?
Serei então egoísta, ou humana?
Não me interessam todos os “ses” da vida,
E se o destino me encontrar
Não interessa o que me queira,
Estarei cá para o saudar
E me tornar sua companheira.


TM – Searching my soul for answers
15-9-11

Sem comentários: