A notícia a todos abala.
A vida roubada seria
E um corpo que antes rejubilava
Deita-se numa cama fria.
A esperança é a primeira a desaparecer.
O medo todos envolve,
Ouve-se o bater do relógio
O tempo parece que não se move…
A casa veste-se de luto.
Todos temem o desconhecido,
A Morte instala-se no escuro
Todos me relembram como tinha sido.
Morta mas ainda presa à vida
Sinto-me arrastada para vazio
Penso qual será o meu último suspiro
O futuro avizinha-se sombrio.
Apaguem as luzes todas da vida
Apaguem e não as voltem a acender
Cuidado que a morte tem passos de seda
E a qualquer momento pode aparecer
A minha alma foi enterrada viva
Não tenho mais forças para lutar
Sinto a viva roubada que me abandona
Sinto que em breve tudo irá acabar.
E uma lágrima solitária rola pelo meu rosto
E um suspiro sai do meu coração
Relembro o que vivi abandonada
E de repente recupero a razão
Não vou morrer porque me dizem
Porque tenho a vida à minha frente
O meu coração ainda bate
O meu corpo ainda sente…
Quero a vida que me roubaram!
Espanto a Morte para longe de mim!
A minha vida não será roubada!
Quero viver tudo até chegar o meu fim.
Mas espera!
Cabe-me a mim decidir?
Eu sei que quero viver…
Não chegou a hora de partir.
A casa que está vestida de luto
Um traje de vida pode usar
E as lágrimas de dor que choram
Podem de alegria agora rolar.
Os passos de seda desvanecem-se
A morte saiu daqui
O calor enche agora a casa
A sua presença não mais senti.
Ergo-me do meu leito enfermo
Aceito a segunda oportunidade.
Tenho agora o meu caminho decidido.
Viver buscando felicidade.
TM reaprendendo a viver sem ti.
Sem comentários:
Enviar um comentário